Meu Pai

Meu Pai

Sobre o quanto a vida é efêmera e pode nos golpear sem sentido aparente.

E quando o seu próprio “eu” resolve testar a sua razão, suas certezas e crenças? Seria a autoconsciência um erro? Algo capaz de adoecer e enlouquecer o seu portador? Não estaríamos criando coisas demais dentro do nosso “eu”, de modo que este se torne incapaz de suportar nossas preocupações bregas e triviais? Não deveríamos somente viver e aproveitar ao máximo possível a jornada? 

Todas as perguntas acima são um clichê. Ouvimos e lemos todos os dias mensagens deste tipo. Questões pra Coaching nenhum botar defeito. Mas em Meu Pai a reflexão foi levada para um patamar superior, algo que somente e arte pode entregar, uma provocação profunda e incomoda: Vamos envelhecer, adoecer, talvez enlouquecer e morrer.

A vida é breve. Enquanto nossas memórias se concentram nas trivialidades como o café, o frango, o pijama, o vinho, o supermercado, revivendo traumas e obcecadas por nossas incontáveis memórias e ideias de um eu, algo maior vem e nos tira a própria razão, rouba nosso incondicional senso de importância. 

A mais cruel das perguntas vem no lapso do esquecimento de sí e está contida no erro genético da autoconsciência, “Quem sou eu…”.  Apenas dois tipos de pessoas podem fazer esta pergunta, os que se observam em demasia e os que já esqueceram de sí.

Aqueles que lembram sofrem, sofrem por que sonham acordados. O dia certo, a hora certa, o momento perfeito. O assombro é estar acordado durante o sonho, nada faz muito sentido e assim como a vida carece de propósito claro.

Aqueles que seguem o sonho da eterna juventude em Peter Pan se perdem na terra do nunca vestidos com os seus pijamas dos quais não querem se desfazer. E o coelho no Pais das Maravilhas esta sempre lembrando Alice para não se atrasar.

Tirar o pijama é um convite a levantar da cama abandonar o mundo do nonsence. Mas não funciona vestir-se novamente é difícil demais. O tempo foge das nossas mãos em Meu Pai não há Coelho conferindo o relógio, justamente o oposto, uma viagem só de ida.

 

O andar de pijama de Anthoni é uma referencia ao sono eterno, ao sonhar acordado. 

Conferir o relógio no pulso é uma mensagem de que o tempo foge as nossas mãos, e de que é inutíl procura-lo.

O pijama uma alusão ao sono eterno, estar sonhando acordado, as coisas fogem aos nossos sentidos e nós não fazemos mais sentido para as coisas nem para as pessoas.

O tempo foge das nossas mãos

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