O episódio 1×1 de The last of us. Agrada os fans, mas a critica especializada, nem tanto.
O primeiro episódio de The Last of Us dita o ritmo da série os aspectos que serão trabalhados nos próximos episódios. A temática é um clichê de universos cruzados. Um pai substituindo a filha em um universo pós apocalíptico.
Dito isso a sequência introdutória dos personagens é bastante interessante e casa bem com o tempo de duração do episódio. Estamos falando de ritmo, e a direção é pontual. É preciso correr para começar a desenvolver a história.
O tempo de tela é bem definido e justo, universo, personagens e o contexto que une os dois.
O que proporciona o escape de The Last Of Us das demais obras que tratam a temática é que TLoU estrutura e sustenta a origem do caos com uma mescla de informações cientificas e fictícias. Convence! E as tratativas relacionadas a pandemia traz o telespectador para a tela.
Em uma série é importante lembrar que os personagens terão tempo para serem desenvolvidos. E episódio 1 precisa encantar e deixar o gosto de quero mais. Neste ponto o episódio é cirúrgico. Com tanta profundidade e nuances dos personagens é bastante razoável a entrega. Pois rapidamente somos capazes de captar um pouco da personalidade de Joel e Ellie.
Fotografia e cenografia
A fotografia é opaca, e podemos notar o tom de natureza morta. As cores estão todas pasteurizadas. A luz que resta é a luz do sol sobre o descampado e o resto a acinzentado. TLoU esta mostrando a natureza morta e natureza sombria que sobrevive.
Sombria porque a natureza que resta nos homens é a de sobrevivência, e para sobreviver naquele cenário é matar ou morrer. Em outros casos é a natureza que tem origem na própria morte, aquela que consome o hospedeiro, o fungo.
Os cenários são caóticos e estranhamente transmitem uma sensação e vazio e paz, na ausência da civilização as árvores e eventos naturais cobrem a cidade destruída por forças militares.
Relações
As relações humanas em TLoU são repletas de desconfiança, pois todos os que sobreviveram, dentro ou fora da zona de quarentena são vitimas dos instintos primários de sobrevivência e cooperação, esta minada por insegurança de intenções.
Ter em quem confiar neste universo é uma fortuna e Joel possui Tess que neste momento é apresentada como ancora, em uma relação de cooperação e carinho. Mas não são um casal necessariamente. Joel parece estar sofrer com o passado e algo o impede de seguir.
Ellie ao contrário de Joel, sofre com o passado. Entretanto sua ansia esta ligada ao futuro, pois é nascida em um universo tedioso e perigoso. Como os dias poderiam ser piores do que tudo o que Ellie viu e presenciou desde que veio ao mundo?