Metaverso, o que é isso?
Ultimamente o que mais se ouve falar é sobre o metaverso. Principalmente com a mudança de nome do Facebook para Meta.
Bom, apesar de vir a tona agora, o metaverso não é lá uma novidade da semana passada. E já esta presente no seu dia a dia. Continue lendo e você descobrirá que talvez já tenha tido uma experiência no metaverso.
Vamos começar pela origem do termo. A palavra “Meta” vem do grego e significa “para além” e o sufixo “Verso” vem de universo. Em suma podemos dizer que o significado da palavra é – Para além do universo.
Tudo bem, mas o que é o metaverso, além do termo?
O metaverso nada mais é do que um universo criado por computadores, um mundo como o da Matrix no qual nós seres humanos de carne e osso, podemos interagir uns com os outros por meio de avatares. Lembra do filme Avatar? Um personagem controlando um corpo? É basicamente isso, porém o nosso outro corpo neste universo não seria um corpo biológico, ou seja de carne osso e sim um corpo composto por bits.
Bons exemplos de metaverso são games como The Sims e The Second Life. Temos ainda os famosos e mais recentes Decentraland e The Sandbox.
Como controlar meu corpo no metaverso?
Algumas empresas tem investido bastante em tecnologias para proporcionar o máximo de imersão aos usuários do metaverso. Luvas, óculos de realidade virtual e uma infinidade de dispositivos para prender no corpo prometem fazer dessa interação algo cada vez mais real.
Um bom exemplo é o Oculus VR ( Empresa recentemente adquirida pelo Facebook/Meta) . Um dispositivo composto por um óculos de realidade virtual que possui fones e dois controladores Touch para transportar os gestos do usuário para o ambiente virtual. O preço da versão mais simples do dispositivo é cerca de R$2470 na data desta publicação (dezoito de maio de 2022).
É caro entrar no metaverso?
Vale lembrar que quando a telefonia fixa chegou ao Brasil, um telefone custava praticamente o valor de um imóvel. Com o tempo e a chegada de novas tecnologias o preço diminuiu devido a popularização dos dispositivos. Se comparado ao valor do Oculus VR, aparentemente a tecnologia estará mais ao alcance de todos do que imaginamos.
Podemos ressaltar neste caso o interesse do mercado. Há muita especulação sobre o interesse dos grandes investidores, o que viabiliza o lançamento de novos dispositivos e upgrades em dispositivos já existentes para acesso a outra realidade.
Algo que devemos considerar é que o metaverso é um tecnologia capaz de alienar mais as pessoas, uma vez que lá elas estariam completamente suscetíveis as atrações deste novo mundo. Quanto mais pessoas sucetiveis a alienação melhor para o comércio e para os negócios. Você já parou para pensar sobre o quanto as redes sociais movimentam de dinheiro todos os dias?
Se hoje com um dispositivo que é basicamente uma tela capaz de oferecer interações como like e comentários perdemos horas do nosso tempo para interagir. Imagine quando estivermos trabalhando e consumindo dentro do Metaverso por meio de dispositivos capazes de aguçar a nossa real sensação de espaço, tato, audição e visão de uma maneira que jamais experimentamos.
Como ganhar dinheiro no metaverso?
Assim como no mundo real, uma das maneiras mais comuns de se ganhar dinheiro no metaverso é com a venda de terrenos. Alguns terrenos podem chegar a casa dos milhões de dólares. A Tokens.com, segundo seu CEO Andrew Kinguel investiu cerca de 2 milhões de dólares na compra de um terreno no metaverso.
A venda de terrenos virtuais já chegou a superar 1.5 bilhão de reais em um único final de semana.
Podemos dizer que este tipo de atividade é similar a atividade de alguém que compra e revende um terreno. Neste caso não haveriam construtoras empenhadas em construir as edificações do local e sim desenvolvedores e criativos.
Como visitar o metaverso?
Atualmente temos experimentos bastante funcionais em andamento e que não exigem que o usuário disponha de nenhum dispositivo especial para acessar.
Basta criar uma carteira para enviar e receber pagamentos em ETH Etherium, sugerimos a MetaMask é mais comum e fácil de conectar.
Depois de criar a sua carteira basta utiliza-la para logar no seu Metaverso preferido. Seguem dois metaversos que valem a visita:
O que vou encontrar no metaverso?
É possível visitar espaços como o da Adidas, Smurfs, Museus digitais de NFTs e de quebra passear no espaço do cantor Snoop Dog, além de vários games e espaços dos Heróis Vikings no The Sandbox. Lembrando, que apesar de ser necessário uma carteira de criptos para se conectar, a menos que você queira comprar um terreno ou outro item não é necessário gastar nenhum centavo para ter a experiencia no metaverso até então.
Quem esta por trás do metaverso?
Em primeiro lugar podemos citar a Meta/Facebook. Mark Zuckerberg investiu algo na casa de 20 bilhões de dólares na Oculus VR e até então pretende alocar mais 10 bilhões na tecnologia até o segundo semestre de 2023. Esta nada mais é do que uma pequena aposta considerando o retorno que a tecnologia pode trazer em termos financeiros para a Meta.
Outra empresa que tem colaborado para que o metaverso em moldes realistas venha a tona é a gigante Nvidia. Com a criação do Ominivese. O Ominiverse é uma plataforma capaz de conectar criativos e equipes de desenvolvimento por meio de simulação 3D realista e escalonável, tudo em tempo real por meio de processadores gráficos interconectados.
Conclusão
Há muito tempo não observamos uma movimentação tão grande em torno de novas tecnologias relacionadas a mudança de comportamento. Nas últimas decadas houve um salto tecnologico relacionado aos smartphones e wearables, e isso de fato mudou a nossa maneira de consumir e nos relacionar. Porém nada que nos arrancasse do mundo real para vivenciar outras realidades de modo tão imersivo. O metaverso é uma aposta alta, tão alta quanto foi a própria internet. Independente de quando ou se ele será viável como imaginamos, a aposta é válida.
Visitar paraisos digitais já é possível sem a completa imersão ou por meio de uma imersão mais superficial “digamos”. Começar a se familiarizar com esta nova presença digital e nova maneira de se relacionar com o meio é necessário, talvez vital para os negócios e para relações.
Já vimos tecnologias mais complexas para as suas respectivas épocas serem desacreditas e no momento seguinte se tornarem parte do nosso dia-a-dia. Amanhã o metaverso pode ser algo real.